Mente ou mentalidade. Ser ou Não-Ser, eis a questão? Coluna: O Humano que Habita em Mim


Mente ou mentalidade. Ser ou Não-Ser, eis a questão?

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Dentro do Sistema de Desenho Humano temos o que chamamos de Ser e o não-Ser. Temos 9 Centros, que correspondem ao sistema de chakras Hindu-Bramane. Eles podem estar definidos (coloridos) ou sem definição (em branco) dependendo das ativações dos trânsitos planetários na hora, data e local do seu nascimento.

O Ser é o que corresponde no Corpo Gráfico ao que está definido ou colorido, é nossa força vital, é como estamos desenhados para ser de forma consistente. E o não-Ser é o que não está definido ou está em branco no gráfico. Chamamos também de centros abertos. É o que não somos de forma consistente.

Podem ser condicionados por outras pessoas, situações, traumas ou pelos trânsitos planetários. É aqui onde nascem as crenças que não são nossas, mas são cristalizadas em nós. Mas onde está o problema?

Muitas pessoas pensam ou acreditam que a nossa mente é um problema, que pensa muito, quer sempre tomar as decisões. Mas meu professor de Desenho Humano diz que, para ele é óbvio que para o Ser não há nenhum problema que a mente exista e em viver fusionada com ela.

Afinal, isso é precisamente o que nos impregna de autoridade individual e nos permite emanar o gênio e a inteligência próprias de cada um de nós. O problema então não é a mente, mas a mentalidade que desenvolvemos (em criança) através dos condicionamentos, que se instalam nos nossos centros sem definição.

Podemos dizer, que em essência há 9 mentalidades dentro desse Sistema, ou que toda mentalidade é uma combinação das 9 estratégias básicas que em Desenho Humano identificamos com o nome de não-Ser

Cada estratégia ou mentalidade corresponde ao não ser de cada centro sem definição, ou melhor dizendo, corresponde a mente do não-Ser do centro aberto.

Por exemplo: evitar a confrontação e a verdade (é a estratégia do centro emocional) é apenas uma mentalidade, já que a outra pessoa insiste em nos confrontar com sua energia (aura) e nada podemos fazer a respeito disso. Por que mesmo a gente não querendo a confrontação o outro pode nos confrontar do mesmo jeito.Então, mentalmente temos uma estratégia de não confrontação.

O problema com a mentalidade é que , o hábito da sobrevivência espontânea (as crianças e os animais são assim) arrasta nossa natureza para estratégias que distorcem a dignidade inata que ninguém precisa demonstrar.

Por mentalidade aqui ,entende-se a cristalização na mente de uma realidade conceitual que não é nossa, vem de outras pessoas. Todos os impulsos naturais e inconscientes que temos são controlados, distorcidos, abafados por valores sociais e familiares.

Esses valores podem ser chamados de condicionamentos ou crenças, e podem ser positivos ou negativos em nossas vidas. Através desses valores, os impulsos irracionais se vestem de racionalidade.

Então criamos essa mentalidade, que filtra todos os conteúdos, ela é a forma como a mente opera, ela não é o conteúdo. Como a mente opera para filtrar algo? A mentalidade é quem faz o filtro do conteúdo a ser analisado ou observado.

O Ser se reconhece a si mesmo, inevitável e indefectivelmente (não tem escolha), como “corpomente”, como organismo unificado e inteligente que é. Ou seja, somos todos um corpo e uma mente (entre outras coisas) que vivem unidos de forma inteligente e voltados para nossa sobrevivência aqui nesse planeta.

Precisamos apenas identificar quais nossos condicionamentos ou crenças não estão de acordo com nosso Ser e reprogramar nossa mente e nossa mentalidade para vivermos de forma plena e em harmonia.

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Texto de Ana Gaspary, Psicóloga especialista em Aconselhamento, Pós-graduada em
Abordagem Centrada na Pessoa e Gestalt Terapia, Consultora e Analista do Sistema de
Desenho Humano, Terapeuta Corporal, Colunista do Portal FM Itabaiana Sergipe.