Já tive dengue uma vez. Corro o risco de pegar de novo?


Enquanto os pesquisadores se debruçam sobre os estudos para entender melhor o comportamento do novo coronavírus, a dengue continua motivo de preocupação no Brasil.

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Para se ter uma ideia da complexidade dela, uma mesma pessoa pode ser infectada em até quatro ocasiões diferentes. O mosquito Aedes aegypti é vetor de 4 sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4.

“Temos quatro sorotipos e todos eles circulam no Brasil. Uma pessoa que tenha contraído um desses tipos cria anticorpos contra ele (fica imune), mas não para os demais. Por isso é possível pegar a dengue até quatro vezes”, explica o virologista José Eduardo Levi, do Laboratório Exame.

Vacina do Instituto Butantan contra dengue está na última fase de testes DF tem recorde de mortes por dengue em uma semana e atinge 33 óbitos no ano. Estudo diz que quem já teve dengue tem menos propensão a contrair zika.

As infecções subsequentes tendem a ser mais graves, sobretudo a segunda. “Isso ocorre porque os anticorpos criados para a tipo 1, por exemplo, combatem a tipo 1. Nos outros, eles ajudam a disseminar o vírus, mas não o neutralizam”, explica Levi.

A epidemia de dengue costuma variar de um lugar para outro, justamente devido aos sorotipos diferentes. Os estudos apontam que a cada quatro anos há uma grande epidemia, por causa da inserção de um sorotipo diferente do combatido anteriormente.

A variação dos sorotipos da doença é tão complicada que dificulta a criação de uma vacina 100% eficaz para a dengue.

Por: Metropoles 
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