Taís Araujo sobre volta das novelas: "Conteúdo abordado será novo e muito rico"

Protagonista de 'Amor de Mãe', atriz elogia cuidados da TV Globo para retomada e conta como é dia a dia com filhos durante isolamento social


Taís Araujo, 41 anos de idade, fala orgulhosa sobre a conclusão da primeira temporada da série Aruanas, que teve o último episódio exibido na noite de terça-feira (30), em um bate-papo com Quem. Na conversa, feita à distância, por um aplicativo de vídeo, a atriz falou sobre os dias em isolamento social e a falta da rotina de gravações.

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Nas novelas desde os 16 anos, quando atuou em Tocaia Grande, em 1995, na extinta TV Manchete, ela se diz entusiasmada para segunda temporada de Amor de Mãe, novela em que vive a advogada Vitória, uma das protagonistas da história. “Para uma pessoa que trabalha desde pequena igual a mim, não é bom esse momento (risos). Eu gosto de trabalhar, eu me reconheço trabalhando. Quero voltar, claro, mas com condições de segurança. Não adianta ficar ansioso enquanto os números não caem. Voltar a trabalhar a gente quer. Quando? Não sabemos. Como? A Globo está estudando.”


Mãe de João Vicente, de 9 anos, e Maria Antonia, de 5, ambos do casamento com Lázaro Ramos, Taís conta que os filhos têm personalidades diferentes e encaram a quarentena de maneiras distintas. “Maria acha que está de férias, adora ficar em casa. Já o João adora ir para escola, estudar e está sentindo muita falta. A gente está tentando segurar a onda dele aqui”, conta a atriz, que, durante uma hora de entrevista, fez uma breve interrupção para auxiliar a caçula, que queria brincar de argila – mas a encomenda de argila ainda não havia chegado.

Amor de Mãe foi paralisada, como as demais produções de dramaturgia da Globo, por conta do coronavírus. Como está a sua expectativa para a retomada? A pandemia trará muitas mudanças? Vai. A gente tem protocolos e mais protocolos para seguir, baseados em muitos estudos, em estudos de quem já voltou a trabalhar antes do Brasil.

Acho que muitas mudanças vão acontecer na teledramaturgia – não apenas na forma, como no conteúdo. Acredito que conteúdo abordado será novo e muito rico, assim como maneiras de se fazer. A gente terá um novo esquema de se fazer – e eu não sei te dizer qual é, nessa quarentena ninguém sabe nada (risos) –, mas vai impactar. Não tem como. Já impactou. Teve o primeiro grande impacto que foi o da parada geral e, agora, será o da retomada em que vamos adotar novas formas de trabalhar e de construir narrativas.

Como uma das protagonistas de Amor de Mãe, você estava em uma rotina intensa de trabalho. Como encara esta pausa?
A gente quer ter nossa vida de volta. Para uma pessoa que trabalha desde pequena igual a mim, não é bom esse momento (risos). Eu gosto de trabalhar, eu me reconheço trabalhando. Não me reconheço sem trabalhar e estou me conhecendo em outro lugar. Quero voltar, claro, mas com condições de segurança. Não adianta ficar ansioso enquanto os números não caem. Há um número enorme de perdas. A volta não pode ser desorganizada. Voltar a trabalhar a gente quer. Quando? Não sabemos. Como? A Globo está estudando.

Por revistaquem.globo