Fim da escala 6×1: por que governo Lula está pisando em ovos com a PEC

Governo Lula vem agindo com cautela em relação ao debate sobre a PEC que quer acabar com a jornada de trabalho 6×1

Compartilhe

Após o tema tomar conta das redes sociais no último fim de semana, o governo Lula decidiu agir com cautela em relação ao debate da PEC que quer acabar com a jornada de trabalho 6×1.

Segundo ministros de Lula ouvidos pela coluna, o governo não pretende, pelo menos por ora, “entrar de cabeça” no assunto porque ainda não há nenhum tipo de diálogo estabelecido com o empresariado sobre o tema.

A avaliação no governo é de que, antes de se posicionar oficialmente, é preciso discutir as possíveis mudanças na escala de trabalho internamente e fora do Poder Executivo, com trabalhadores e empregadores.

Com base nessa avaliação, a ordem do Palácio do Planalto aos ministros do governo é, por enquanto, deixar o tema com o Congresso Nacional, onde a PEC foi apresentada pela deputada Erika Hilton (PSol-SP).

Nota de Marinho foi orientação de Lula

Enquanto Lula não se posiciona pessoalmente sobre o assunto, seus ministros sofrem forte pressão de integrantes da própria base aliada para apoiarem a PEC da parlamentar.

Para tentar aliviar essa pressão, o ministro do Trabalho e EmpregoLuiz Marinho, se pronunciou sobre o tema nesta segunda-feira (11/11), por meio das redes sociais.

Na mensagem, publicada no X, Marinho diz que tem acompanhado de perto o debate e que o tema exige o envolvimento de todos os setores em uma discussão aprofundada e detalhada.

“O Ministério do Trabalho e Emprego tem acompanhado de perto o debate e entende que esse é um tema que exige o envolvimento de todos os setores em uma discussão aprofundada e detalhada, considerando as necessidades específicas de cada área”, escreveu.

Marinho defendeu que a questão deve ser tratada em convenção e acordos coletivos entre empresas e empregados e citou a redução da jornada para 40h semanas como “plenamente possível e saudável”, desde que acordada.

A postagem de Marinho, contudo, foi criticada por ministros do Planalto. A avaliação de auxiliares palacianos de Lula era de que o titular do Ministério do Trabalho não deveria ter se pronunciado agora sobre o tema.

Debate nas redes

A PEC de Erika Hilton prevê que a duração da jornada normal de trabalho não seja superior a oito horas diárias e 36 horas semanais. A proposta prevê que a escala seria de quatro dias de trabalho total e três de folga por semana.

Apesar do apoio popular, com um abaixo-assinado que reúne mais de 1,3 milhões de assinaturas, a PEC enfrenta resistência da oposição e até de partidos que estão na base do presidente Lula.

Para começar a tramitar na Câmara, uma PEC precisa do apoio de, pelo menos, 171 deputados. Até agora, pelo menos 106 parlamentares aderiram a proposta, segundo a equipe de Erika Hilton.

Em busca de mais apoio, a deputada vai fazer um corpo a corpo essa semana com as bancadas partidárias na Câmara. Uma das prioridades dela é a bancada do PT de Lula, com quem ela já pediu um encontro.

Por Metropoles

Ultimas notícias

Fernanda Paes Leme revela susto com a filha: “Fomos ao hospital”

Mãe de Nattan não apoia namoro do cantor com Rafa Kalimann, diz jornal

Música de Natal de Mariah Carey foi escrita por paulista há 30 anos

Gominho revela que Preta Gil ficou de olho em enfermeiro: “Impossível”

Horóscopo 2024: confira a previsão de hoje (24/12) para seu signo

Boninho se despede da Globo e reflete: ‘Sem medo de errar’